ANDRÉ TANIKI YANOMAMI: SER IMAGEM

Organização:
Adriano Pedrosa e Mateus Nunes

Autores:
Bruce Albert, Claudia Andujar, David Ribeiro, Mateus Nunes e Naine Terena

Design:
Rara Dias e Mari Taboada

capa dura [hardcover], 18x25cm, 248p, 176 [images], bilingue/bilingual [português/inglês - portuguese/english] MASP, 2025

ISBN 978-65-5777-090-0

Este catálogo acompanha a mostra de André Taniki Yanomami no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), a primeira exposição individual do artista em um museu. Nascido por volta de 1945 na aldeia Okarasipëkɨ, na Terra Indígena Yanomami, na Amazônia brasileira, o artista e xamã vive hoje na aldeia de Kuremapi, onde continua exercendo suas responsabilidades como líder espiritual. Entre 1976 e 1977, em diálogo com a fotógrafa Claudia Andujar, Taniki desenhou tanto os costumes de sua comunidade quanto rituais, narrativas mitológicas e aspectos de sua cosmovisão. Posteriormente, em diálogo com o antropólogo Bruce Albert, produziu obras que dialogavam mais diretamente com suas visões xamânicas, representando as imagens dos espíritos em desenhos vibrantes e coloridos. O subtítulo do livro — Në utupë, em yanomami; Ser imagem, em português — é uma expressão que se refere à noção yanomami de imagem (utupë), entendida como a essência interior que constitui o núcleo vital de todo ser. Este volume reproduz 147 obras produzidas sobretudo entre 1977 e 1985, muitas delas nunca antes apresentadas ao público, além de cinco textos sobre o trabalho do artista-xamã. Trata-se de uma publicação indispensável para todos aqueles interessados na arte e na cosmologia indígena de modo geral, e, especialmente, na yanomami.

This book accompanies André Taniki Yanomami’s exhibition at the Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), the artist’s first solo show at a museum. Born around 1945 at the Okarasipëkɨ village, in the Yanomami Indigenous Land, in the Brazilian Amazon, the artist and shaman currently lives in the Kuremapi community, where he continues to fulfill his responsibilities as a spiritual leader. Between 1976 and 1977, at first in dialogue with the photographer Claudia Andujar, Taniki drew the habits of his people and the rituals, mythological narratives, and aspects of their cosmovision. Later, in dialogue with the anthropologist Bruce Albert, he also produced works that corresponded more directly to his shamanic visions, representing the spirit’s images in vibrant and colorful drawings. The book’s subtitle—Në utupë, in Yanomami; Image Being, in English—is an expression that refers to the Yanomami notion of image (utupë), understood as the interior essence that constitutes the vital nucleus of every being. This catalog reproduces 147 works produced mainly between 1976 and 1985, many of them never before presented to the public, as well as five essays on the artist. This is an essential volume for those interested in Indigenous art and cosmology in general, and, especially, in the Yanomami.